segunda-feira, 9 de abril de 2012

Agressão com Garfo de Vereador de Cuiabá à Esposa: 'Culpa seria da Cachaça e do Remédio'


Diante da repercussão negativa do caso de tentativa de agressão contra a esposa, ocorrido na madrugada da última sexta-feira (06), o presidente da Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), resolveu reunir os colegas de parlamento para se explicar. Ele convocará, logo após o feriado, uma reunião com todos os vereadores para tratar sobre o assunto.

“Não conversei com o Julio Pinheiro, mas a informação que eu tenho é que ele marcará uma reunião conosco para explicar o que aconteceu”, contou o vereador Edivá Alves (PSD), em entrevista ao MidiaNews.

O petebista foi parar na delegacia na madrugada, após ameaçar a esposa, Gysele Carolina Lacerda Pinheiro, de 32 anos, com um garfo de churrasco, segundo relato do Boletim de Ocorrência (BO) registrado pela própria Gysele junto à Polícia Militar.

Edivá acredita que o descontrole de Pinheiro tenha ocorrido devido à mistura de remédios e bebidas.

“Soube que ele confidenciou a pessoas próximas que estava sob efeito de medicamentos, e misturou com pinga. O que eu sei é que ele não pode beber, pois toma uma pilha de remédios, inclusive controlados. Imagino que a mistura deve ter feito ele perder o controle”, relatou o vereador.

O vereador disse que ouviu dizer que Pinheiro não chegou a agredir a esposa. “A informação que eu tenho é que ele só gritou com ela”, afirmou Edivá.

No entanto, ele se esquivou de opinar sobre a tentativa de agressão. “Eu acho ele uma pessoa com o coração muito grande. Vou aguardar ele se pronunciar. Prefiro não julgar até lá”, concluiu.

O vereador Domingos Sávio (PMDB) também preferiu aguardar a versão de Pinheiro ante de avaliar a questão. “Estou acompanhando o caso só pelos sites, e quero aguardar o que ele tem a dizer. Não vou me posicionar antes de ouvir o lado dele”, declarou.

Posições oficiais

A assessora de imprensa da Câmara, Andrea Cruz, disse que, por se tratar de um fato pessoal, que não envolve a atividade legislativa do presidente, não haveria pronunciamento oficial da Casa de Leis sobre o fato. “Ele vai se pronunciar como e quando achar que deve”, concluiu a assessora.

O MidiaNews também tentou obter um posicionamento da prefeitura de Cuiabá, devido ao fato de que Pinheiro costuma assumir o comando do município na ausência do prefeito Chico Galindo (PTB).

O secretário de Comunicação, Carlos Brito (PSD), informou que a prefeitura não iria se pronunciar devido o fato ter ocorrido enquanto Julio Pinheiro exercia o cargo de presidente da Câmara, e não de prefeito de Cuiabá.

“Essa é uma questão pessoal do vereador. E, no aspecto institucional, cabe ao Legislativo tratar do caso, não ao Executivo. Se ele estivesse no exercício do cargo de prefeito, nós nos pronunciaríamos”, destacou Brito.

O secretário ponderou, ainda, que devido o caso ainda estar sob investigação, o prefeito não poderia falar a respeito.

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