quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Cachorros que Calculam em MG

 Matemática nunca foi uma matéria fácil para ninguém, quanto mais para animais. Agora, você já imaginou cachorros que fazem contas? Um artista plástico de São Tomé das Letras (MG) diz que ensinou dois cães a fazerem cálculos matemáticos. De acordo com Alexandre de Melo, de 42 anos, o labrador chocolate Escher, de 4 anos, e o labrador branco Jack, de 2, são capazes de responder as perguntas através de batidas com as patas dianteiras.

No vídeo acima, Alexandre pergunta para Escher qual é o resultado da multiplicação 3 x 2. O artista então estica a mão e o cachorro responde exatamente com seis batidas. Depois, Alexandre pergunta quanto é 5 - 2. O cachorro novamente é certeiro e dá a resposta certa. O pequeno Kauã Richard, de 9 anos, assiste espantado ao lado. "Nunca pensei que o cachorro fizesse conta. Gostei", diz.

Melo comprou Escher em 2008 e leu tudo sobre a raça. Quando percebeu que o cachorro estava aprendendo muito fácil a dar a pata e sentar, o artista resolveu aumentar o desafio. "Achei que era difícil treinar um cachorro, mas vi que estava sendo tranquilo e resolvi dificultar para mim mesmo. Quando ele começou a dar a pata 10 vezes seguidas comecei a fazer sinais para ele somar de um e um e depois subtrair", explica.



Após ensinar o sinal de soma, fechando a mão, e de subtração, fazendo um corte na horizontal, Melo ensinou a multiplicação, desenhando um "X" no ar, e recentemente a divisão, com um corte na diagonal. Jack não pertence ao artista e mora em uma pousada da cidade. No entanto, o cão amanhece todos os dias na porta da casa de Melo e passa o dia inteiro na companhia de Escher. Jack, que só volta para a pousada para dormir, também aprendeu os comandos. "O Jack é ainda mais impressionante que o Escher. Ele não erra uma", afirma Melo.


O artista plástico também diz ter ensinado sinais de dezena e unidade. Em outro vídeo, Melo passa um cálculo mais complicado para Escher. Uma calculadora acompanha ao lado e mostra o acerto do cachorro. Logo depois, o G1 pergunta para os dois cães que acertam de primeira. A esposa de Melo, Fátima Padilha Costa, diz que no começo se assustou. "Achei que ele estava delirando, até a primeira vez que eu vi. Hoje se tornou natural, mas eu acho bárbaro", diz.

A dona de casa Jaqueline Nunes é amante de cachorros e também se impressiona com os cães. "Acho super divertido e tudo isso foi obtido sem qualquer tipo de opressão. Isso mostra o quanto eles podem ser espertos. Ponto para os bichos", afirma. Segundo Fãtima, Escher e Jack viraram celebridades em São Tomé das Letras. "Eles recebem carinho o dia inteiro. As pessoas às vezes querem dar apenas oi ou tchau para os dois na rua e se sentem bem com isso".

Fábia Vilas Boas dos Reis Fernandes é adestradora de cães há 12 anos em Poços de Caldas (MG). De acordo com ela, este tipo de treinamento é possível. "Os labradores são bem inteligentes e eles podem responder facilmente este tipo de comando. Porém, isso não é de um dia para o outro e exige muito treinamento", frisa.

Truque ou realidade, Melo está orgulhoso com o trabalho da dupla canina e espera contribuir em tempos onde maus tratos a animais têm sido frequentes. "Na nossa constituição eles são considerados coisas e não seres, mas ali existe alguém. Isso me faz pensar até onde eles podem chegar, até onde pode ir isso", conclui.

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