quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Relação dos 36 Planos de Saúde que poderão Parar a partir do dia 22

 Usuários de 36 planos de saúde suplementar em atuação em Mato Grosso podem ficar sem atendimento pelos convênios a partir de 22 de novembro deste ano – veja tabela abaixo.

Essa foi a data limite decretada pela classe médica, em assembleia realizada na noite de quarta-feira (31), para que as operadoras de saúde – com exceção da Unimed – fechem um acordo quanto ao reajuste das tabelas de pagamento dos honorários médicos.

Em entrevista ao MidiaNews, a presidente do Sindimed (Sindicato dos Médicos), Elza Queiróz, que também participa das negociações, afirmou que a classe irá notificar todos os planos de saúde com tabelas defasadas para que participem das mesas de negociações, a fim de que o atendimento aos usuários não seja prejudicado.

“Queremos que eles aceitem o reajuste na tabela de acordo com o que rege a CBHPM [Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos]”, afirmou.

Caso as operadoras não apresentem propostas e rejeitem negociar os preços com a categoria, os médicos deverão aprovar, em assembleia agendada para o dia 22 de novembro, o indicativo de suspensão dos atendimentos.

“A partir daí, somente as consultas particulares serão realizadas”, explicou a presidente.

A classe não descarta, em caso de não avanço nas negociações, a possibilidade de um descredenciamento em massa dos planos de saúde.

Valores

Os médicos reclamam que, apesar dos usuários arcarem com despesas referentes a reajustes nos valores das mensalidades cobradas pelas operadoras, o valor do reajuste não é repassado à categoria.

Em Mato Grosso, os médicos estariam reféns de uma mesma tabela de preços há cinco anos. O MidiaNews teve acesso à uma tabela de preços dos valores pagos pelas 36 operadoras que são alvos de reclamação da categoria no Estado.


Por consulta agendada, os médicos recebem entre R$ 36 e R$ 60. A média dos valores pagos no país, segundo dados de 2011, é de R$ 46 por consulta eletiva.

No caso das consultas realizadas em Pronto Atendimento, os valores no Estado variam de R$ 36 a R$ 56.

Segundo a presidente do Sindimed, a categoria visa o pagamento de R$ 80 por consulta. No caso da área pediátrica, o valor almejado por atendimento eletivo é de R$ 100.

Reclamações

Além dos baixos honorários, o atraso no repasse dos pagamentos à rede credenciada também é uma reclamação comum da categoria.

Os médicos afirmam que esperam, por meses, para receber o pagamento de uma única consulta, razão pela qual grande parte dos profissionais, ao menos na Capital, passou a atender apenas de forma particular, sem convênio.

A categoria pede ainda pelo fim do que chama de “interferência antiética” das operadoras na relação médico-paciente.

Entre as interferências mais comuns das operadoras, segundo uma pesquisa feita pela Datafolha em 2010, estão: glosar (rejeitar ou cancelar pagamentos) procedimentos ou medidas terapêuticas, impor a redução de número de exames ou procedimentos e interferir no tempo de internação de pacientes (determinando alta hospitalar antes do tempo).

A categoria reivindica, ainda, a inserção nos contratos de índices e periodicidade de reajustes – por meio da negociação coletiva pelas entidades médicas – e a fixação de outros critérios de contratualização.

Paralisação

No último dia 11, os médicos do Estado aderiram ao movimento nacional e suspenderam o atendimento a todos os planos de saúde, em defesa das reivindicações listadas anteriormente.
Na ocasião, a paralisação afetou aproximadamente 100 mil usuários de 35 operadoras de Saúde do Estado.

Insatisfação

Segundo o presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Florentino Cardoso, a Saúde Suplementar vive uma crise em todo o país, com milhões de pessoas recorrendo ao SUS (Sistema Único de Saúde) em detrimento ao atendimento particular, mesmo quando possuem planos de saúde.

Entre as reclamações mais comuns dos usuários de planos de saúde estão problemas no atendimento – com a superlotação dos hospitais e longas filas de espera – e as restrições impostas pelos planos de saúde para a realização de exames e internações em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).

Planos afetados

Confira abaixo a lista dos planos que poderão ser afetados, caso não haja negociação entre as operadoras e a classe médica.

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